domingo, 5 de dezembro de 2010

saúde

Sífilis:
A sífilis é uma DST (doença sexualmente transmissível) causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum.
Ferida no órgão genital chamada cancro duro, de aparência rosada, geralmente é indolor e desaparece sem tratamento.
*Primeira fase:
A lesão primária apresenta-se como um úlcera, (parecida com uma afta de boca), não dolorosa nos órgãos genitais, que surge 2 semanas após o contacto sexual. Nas mulheres pode passar despercebida uma vez que é indolor e costuma ficar escondida entre os pêlos pubianos e a vulva.

Essa úlcera é chamada de cancro duro, e após 3 a 6 semanas desaparece mesmo sem tratamento, lavando a falsa impressão de cura espontânea.

Esse é o problema da Sífilis primária, é uma lesão indolor, que pode passar despercebida e que desaparece mesmo sem tratamento.

*Segunda fase:
Surgem manchas na pele, principalmente na palma das mãos e planta dos pés, íngua na virilha e queda de cabelos. Também pode desaparecer sozinhas, o que não significa estar curado.
Algumas semanas ou meses após o desaparecimento do cancro duro, a doença retorna, agora disseminada pelo organismo. Essa forma de sífilis se manifesta com erupções na pele, classicamente nas palmas das mãos e solas dos pés, febre, mal estar, perda do apetite e aumento dos linfonodos (gânglios) pelo corpo.

As lesões nas solas e palmas são características, mas as erupções podem ocorrem em qualquer local do corpo


Novamente a doença desaparece mesmo sem qualquer tratamento.

Terceira fase:
A doença pode causar lesões nos ossos, coração, sistema nervoso, podendo levar á paralisia, doença mental, cegueira ou até a morte.
Os pacientes podem ficar de um até vários anos, inclusive décadas, assintomáticos, até o retorno da doença.

A sífilis terciária apresenta 3 tipos de manifestação
:


- Goma sifilítica = Lesões ulceradas que podem acometer pele, ossos e órgãos internos.

- Sífilis cardiovascular = Causa aneurismas da aorta torácica (leia: 
O QUE É UM ANEURISMA ?)

- Neurosífilis = Acomete o sistema neurológico, levando a demência, meningite, AVC e problemas motores por lesão da medula e dos nervos (leia: 
ENTENDA O AVC - ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL)

O diagnóstico da sífilis é feito através de exame de sangue. O tratamento é simples, com antibióticos como a penicilina.

A bactéria também pode ser transmitido da mãe para o feto, levando a sífilis neonatal, uma doença grave com várias lesões estruturais do recém-nascido.

A sífilis na grávida pode causar aborto, parto prematuro, má formações e morte fetal.


Diagnóstico da sífilis

O diagnóstico da sífilis é feito basicamente através de 2 exames sorológicos: VDRL e FTA-ABS.

O VDRL é o exame mais simples e é usado como screening primário. O resultado é dado em formas de diluição. Ou seja, um resultado 1/8 significa que o anticorpo foi identificado até 8 diluições. Um resultado 1/64 mostra que podemos detectar anticorpos mesmo após diluirmos o sangue 64 vezes. Quanto maior for a diluição em que ainda se detecta o anticorpo, mais positivo é o resultado.

Como o VDRL pode estar positivo em várias outras doenças que não sífilis (lúpus, doença do fígado e até em idosos), consideramos apenas valores maiores de 1/32 como diagnóstico.

Todo VDRL positivo, mesmo em valores baixos, deve ser confirmado com o FTA-ABS.

Ao final, acabamos ficando com 3 situações:

- VDRL positivo e FTA-ABS positivo confirmam o diagnóstico de sífilis
- VDRL positivo e FTA-ABS negativo indicam outra doença que não sífilis
- VDRL negativo e FTA-ABS positivo indica sífilis tratada e curada. Se o paciente nunca tiver sido tratado, esse resultado sugere sífilis na fase latente.

Tratamento da sífilis

O tratamento da sífilis é diferente dependendo do estágio da doença:
- Sífilis primária ou secundária = Penicilina benzatina (Benzetacil) 2.4 milhões de unidades em dose única
- Sífilis com mais de 1 ano de evolução ou de tempo indeterminado = Penicilina benzatina (Benzetacil) 2.4 milhões de unidades em 3 doses, com uma semana de intervalo entre cada.

Doentes alérgico a penicilina podem ser tratados com tetraciclina, doxiciclina ou azitromicina.

Seguimento pós tratamento

Todo paciente tratado para sífilis deve refazer o VDRL com 6 e 12 meses. O critério de sucesso é uma queda de 4 na sorologia. Por exemplo, VDRL cai de 1:16 para 1:4, ou de 1:8 para 1:2.

O FTA-ABS não serve para controle de tratamento, já que ele não fica negativo logo após o tratamento.

Para ver mais fotos de lesões causadas pela sífilis.
Sífilis congênita (sífilis na mulher grávida).
Transmitida para o bebê durante a gravidez. O bebê pode morrer por aborto, prematuro ou nascer com defeitos físicos.


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